terça-feira, 31 de julho de 2012

OPINIÃO: OLHAR NOVO PARA A POLÍTICA


    Não é possível que numa sociedade como a nossa que cada vez mais as pessoas estão se conscientizando politicamente, ainda têm políticos que continuam a discursar prometendo “o mundo e as capa do fundo”. Para quem? Nós, os "ignorantes políticos"?

    Triste daqueles que pensam que a sociedade não compreende o mínimo se quer de direitos básicos, para então entender das manifestações estratégicas e apelativas dos candidatos a cargos políticos, principalmente em época de eleição.

    A comunicação como estratégia é fundamental para que este apelo político seja possível. Embora as eleições para prefeito(a) e vereador(a) aconteçam de quatro em quatro anos, é de dois em dois que a população vê a interferência política invadindo as casas e as ruas através dos meios de comunicação como os carros, rádios, TVs, santinhos, pinturas em muros enfim, de tudo para que uma equipe possa se eleger a fim de comandar o país (Presidente), o estado (Governador) ou cidade (Prefeito).
 
    É nesse momento que boa parte dos parlamentares usam da boa dialética para pedir voto, outros têm a arte de persuadir e direcionar pensamentos deturpados do candidato opositor para tirá-los da reta, assim como existem sábios que usam da boa estratégia política, não para acusar e nem para deturpar, mas para mostrar propostas. Sabemos que o discurso repetitivo se torna inaudível, por esta razão não damos ouvidos ao que os candidatos dizem, nos incomodamos profundamente a ponto de insultarmos e chamá-los de mentirosos.

    Diante desse contexto, na política, induzir eleitores a determinado voto, pode ser o caminho quando se tem um objetivo, mas o caminho para uma política saudável que mude a realidade da cidade, essa deve ser questionado por cada cidadão. Pois bem, Gabriel Chalita faz uma reflexão sobre o debate político que deve ser um debate de analise da cidade, ou seja, numa campanha eleitoral não vale falar mal do candidato, o que vale é fazer as pessoas refletirem sobre os problemas que a cidade enfrenta.

    Refletir por tanto, não é candidato A dizer que fará o novo, nem candidato B falar que está tudo errado, muito menos candidato C afirmar que a cidade está mal administrada. Pra quê? Para começar então as acusações, os processos, as cassações, as impugnações? Não! Refletir politicamente é ter um candidato competente e responsável seja ele D, E ou F que traga soluções para a realidade sofrida da população, que dê continuidade aos projetos plausíveis e que garantam no mínimo os direitos básicos de cada um e de cada uma.

    Porque embora entre um e saia outro administrador, as pessoas irão continuar precisando de moradia, saúde, oportunidade de emprego e salário digno. Este cenário de que a política é vista como descrença ela não é só isso. O político que frauda é um corrupto e sem ética, é um antiético, mas não podemos deixar de esquecer que contamos a dedo os que levam o cargo a sério. Sabemos também que a política brasileira tem suas falhas e não é desejável por outros países, mas o fato é que muitos de nós ainda não cremos nela, porque muitos governantes estão envolvidos em escândalos e corrupção. E a punição? Isso é muito fácil de resolver, afasta do cargo e pronto.

    Como dizem: “política, religião e time não se discutem”, tendo em vista a preferência dos eleitores já que gosto é uma vertente particular e bem complexa. Por isso, o VOTO é mais do que apertar um simples botão, é termos consciência de que aquela ação pode mudar a realidade do município, é preciso ter confiança e mais que isso, é cobrar dos parlamentares suas “promessas”. Não é de um dia para o outro que a cidade irá mudar, afinal de contas, é de página em página que lemos um livro, não é?!

    Infelizmente, a credibilidade da política é comprometida por deslizes cometidos pelos corruptos, por disputa de poder ou para abastecer o caixa dois, põem em risco sua integridade enquanto cidadão. Política é corrupção, mas não é só isso.

Por: Lígia Xavier


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