Não é
possível que numa sociedade como a nossa que cada vez mais as pessoas estão se
conscientizando politicamente, ainda têm políticos que continuam a discursar
prometendo “o mundo e as capa do fundo”. Para quem? Nós, os "ignorantes
políticos"?
Triste
daqueles que pensam que a sociedade não compreende o mínimo se quer de direitos
básicos, para então entender das manifestações estratégicas e apelativas dos
candidatos a cargos políticos, principalmente em época de eleição.
A
comunicação como estratégia é fundamental para que este apelo político seja
possível. Embora as eleições para prefeito(a) e vereador(a) aconteçam de quatro
em quatro anos, é de dois em dois que a população vê a interferência política
invadindo as casas e as ruas através dos meios de comunicação como os carros,
rádios, TVs, santinhos, pinturas em muros enfim, de tudo para que uma equipe
possa se eleger a fim de comandar o país (Presidente), o estado (Governador) ou
cidade (Prefeito).
É nesse
momento que boa parte dos parlamentares usam da boa dialética para pedir voto, outros
têm a arte de persuadir e direcionar pensamentos deturpados do candidato
opositor para tirá-los da reta, assim como existem sábios que usam da boa
estratégia política, não para acusar e nem para deturpar, mas para mostrar propostas.
Sabemos que o discurso repetitivo se torna inaudível, por esta razão não damos
ouvidos ao que os candidatos dizem, nos
incomodamos profundamente a ponto de insultarmos e chamá-los de mentirosos.
Diante
desse contexto, na política, induzir eleitores a determinado voto, pode ser o
caminho quando se tem um objetivo, mas o caminho para uma política saudável que
mude a realidade da cidade, essa deve ser questionado por cada cidadão. Pois
bem, Gabriel Chalita faz uma reflexão sobre o debate político que deve ser um
debate de analise da cidade, ou seja, numa campanha eleitoral não vale falar
mal do candidato, o que vale é fazer as pessoas refletirem sobre os problemas que
a cidade enfrenta.
Refletir
por tanto, não é candidato A dizer que fará o novo, nem candidato B falar que
está tudo errado, muito menos candidato C afirmar que a cidade está mal
administrada. Pra quê? Para começar então as acusações, os processos, as
cassações, as impugnações? Não! Refletir politicamente é ter um candidato competente
e responsável seja ele D, E ou F que traga soluções para a realidade sofrida da
população, que dê continuidade aos projetos plausíveis e que garantam no mínimo
os direitos básicos de cada um e de cada uma.
Porque
embora entre um e saia outro administrador, as pessoas irão continuar
precisando de moradia, saúde, oportunidade de emprego e salário digno. Este
cenário de que a política é vista como descrença ela não é só isso. O político
que frauda é um corrupto e sem ética, é um antiético, mas não podemos deixar de
esquecer que contamos a dedo os que levam o cargo a sério. Sabemos também que a
política brasileira tem suas falhas e não é desejável por outros países, mas o
fato é que muitos de nós ainda não cremos nela, porque muitos governantes estão
envolvidos em escândalos e corrupção. E a punição? Isso é muito fácil de
resolver, afasta do cargo e pronto.
Como dizem:
“política, religião e time não se discutem”, tendo em vista a preferência dos
eleitores já que gosto é uma vertente particular e bem complexa. Por isso, o VOTO
é mais do que apertar um simples botão, é termos consciência de que aquela ação
pode mudar a realidade do município, é preciso ter confiança e mais que isso, é
cobrar dos parlamentares suas “promessas”. Não é de um dia para o outro que a
cidade irá mudar, afinal de contas, é de página em página que lemos um livro,
não é?!
Infelizmente,
a credibilidade da política é comprometida por deslizes cometidos pelos
corruptos, por disputa de poder ou para abastecer o caixa dois, põem em risco sua
integridade enquanto cidadão. Política é corrupção, mas não é só isso.
Por:
Lígia Xavier
Nenhum comentário:
Postar um comentário