sexta-feira, 8 de junho de 2012

CRÔNICA | Jornalista Mil e uma Utilidades



Estava chegando à faculdade e me dirigi, como de rotina, a minha sala de aula, que fica no 1º andar do prédio. Para minha surpresa, lá se encontrava Daniel Aderaldo, correspondente do portal IG, que debatia sobre a temática: jornalismo on line, suas vantagens e desvantagens.
Analisando o que foi dito sobre um jornalismo rápido e que não ouve todas as partes em questão, questiono: onde fica a ética jornalística nessa história? Passamos anos em uma faculdade, aprendendo que ter ética na profissão é estar sempre embasado, isso significa checar várias fontes, pois um indivíduo pode ou não passar a informação que interesse a ele ou a um determinado grupo e isso, no jornalismo on line, se perde, pois o que vale é o furo da informação, é bombardear de notícias ás redes sociais. Até que ponto esse material visto nos portais é verídico? Até que ponto o que é escrito é confiável?
Precisa-se com urgência, criar regras para esse meio ou canal, ali as informações correm o mundo em questão de segundos. As empresas hoje são as maiores culpadas por esse tipo de “atropelo” da notícia, seja pela velocidade com que elas devem ser apresentadas ao grande público ou pelo excesso de trabalho que o repórter de hoje tem para abordar, além de ser mil e uma utilidades, escrever a matéria, tirar foto, gravar vídeo, editar, montar todo o material e postar num portal.
Ser jornalista, hoje, é agregar a essa profissão várias outras habilidades, mesmo não sendo especialista em algumas delas.

Por Rochelle Nogueira

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