Fico
feliz em ver que meu Ceará é lindo, acolhedor e cheio de belezas naturais
desejáveis a outros estados e até países.
Recentemente,
tive a oportunidade de conhecer o município de Itapajé que fica a 120 km da
capital, e alguns de seus distritos. Transitando pelo território, de um lado
para outro, um distrito em especial me chamou atenção, o de São Tomé. Lá,
existe um bar muito simples e logo na entrada, pintado na parede, tem uma
pintura informando a lei e qual a punição para quem vende bebidas alcoólicas a
menores de 18 anos.
Aquilo me
fez refletir sobre a ignorância que nós da cidade ainda temos sobre o "povo
matuto", mostrou que eles também são providos de informação e cultura, e
mais que isso são conscientes. Atitude essa que desmistifica o pensamento
errôneo que anteriormente predominava em minha cabeça. Mostrou que embora a
educação local ainda não se compare com a da cidade, o fato é que apenas esta
ação destaca o nível de educação moral que o cidadão daquela região tem.
Outro
aspecto bem característico da região que me instigou bastante foi o
regionalismo. Francisco o seu Zé, dono do bar, ao conversar com o motorista que
nos levava de um ponto a outro da cidade, falava sobre a dificuldade que
antigamente ele tinha de abastecer seu estabelecimento. Quando não tinha um
transporte adequado ia "de à pé ou de burrinho", já que não existia a
possibilidade dos caminhões levarem os alimentos até seu ponto comercial. Na
hora, me senti “estranha” pelo seu dialeto, percebi de forma profunda que somos
seres humanos diferentes, com culturas e costumes diferentes. E acima de tudo
temos que aprender a conviver com as diferenças.
Fiquei
encantada com a particularidade da região, ao mesmo tempo em que me senti
num lugar desconhecido me senti em casa, pois o que costumo ver em cidades
grandes, na aquela região, é um sonho. A cidade parece que não ter vida
noturna, no sentido de não haver festa em locais centrais, é preciso esperar as
eleições municipais para ver a cidade cheia. Há algumas praças aqui e ali com
casais de namorados e um carro de lanche. Cidade verdadeiramente pacata.
Andei por
Itapajé de um lado para o outro registrando a cidade e conhecendo gente de
todas as idades e também vendo o que a gestão do prefeito e candidato a
reeleição, Pe. Marques fez e está fazendo pelo município. Foram dois dias e
meio nessa “brincadeira” e muito pude conhecer e aprender com os Itapajeenses.
Nesse
translado, subindo e descendo serra, conheci Dona Neide, uma moradora do
distrito do Canta Galo, que é professora e mãe de 15 filhos nascidos em casa
com ajuda de seu marido, com ela apenas reforcei o tamanho da receptividade e
simplicidade das pessoas interioranas. Sua casa é bastante simples, por tanto
acolhedora. Ela diz que apesar da vida do interior ser um pouco complicada são
felizes.
Estava eu procurando coisas sobre o meu municipio (Itapajé) e encontrei sem querer querendo esse artigo, aliaz, um ótimo artigo muito bem produzido. Estão de parabéns. Falaram dos nossos distritos, do nosso povo acolhedor e mostraram (em foto) o nosso maior sonhor que estava sendo concretizado o Açude/Barragem Ipú (Que ja foi finalizado mas infelizmente ainda está sem água). Parabéns pelo artigo.
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